A
infância no interior sempre traz recordações, e olha que nem faz tanto tempo
assim para eu dizer que sou saudosista. Mas não posso negar que tenho saudade da
vóva e da mãe sentadas com uma tigela cheia de laranjas no colo, uma faquinha cabo
de madeira, quase que “completamente sem corte rs”, chamando a gente para a
sobremesa. Bons tempos em que descascar laranja sozinha eram quase sinônimos de
independência. Saudade das brincadeiras, de descascar a laranja sem quebrar a
casca, jogar aquele espiral no telhado pra ver se caía, apertar a casca para
ver a chama da vela aumentar e fazer um óculos super transado cor de laranja
ahaha. Brigar pela tampinha, que até hoje é a melhor parte da laranja.
Sempre
achei que existe um fio ligando o olfato à memória. Quando o cheirinho do café
coado entra pelo nosso nariz, parece que estamos acordando na casa da nossa
mãe, vestindo o uniforme do grupo escolar e nos preparando para ir para a
escola.Foi isto que aconteceu comigo outro dia. Meu marido descascou uma laranja pra mim e me deu a famosa TAMPINHA... Ai que coisa mais gostosa!!!
E
rapidamente fui abrindo o baú da memória onde guardo as coisas boas da
infância, prontas para saltar para fora.
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